Capítulo 1: A Vila e a Floresta
No coração de um reino distante, havia uma pequena vila onde vivia uma jovem chamada Bela. Bela era diferente dos outros aldeões, pois, enquanto eles se contentavam com suas rotinas diárias, ela ansiava por aventuras e novos mundos que encontrava em seus livros. Com seus cabelos castanhos e olhos brilhantes, Bela era conhecida por sua beleza, mas também por sua inteligência e bondade.
Seu pai, Maurice, era um inventor excêntrico, amado por Bela, mas muitas vezes ridicularizado pelos aldeões por suas invenções incomuns.
— Não se preocupe, papai — dizia Bela com um sorriso gentil.
— Um dia, suas invenções serão reconhecidas pelo que realmente são: maravilhosas. Maurice adorava Bela e trabalhava arduamente para garantir que ela tivesse tudo o que precisasse.
Certo dia, Maurice decidiu participar de uma feira de invenções em uma vila distante, levando sua mais recente criação, uma engenhosa máquina de cortar lenha.
— Voltarei logo, minha querida — prometeu ele, abraçando Bela antes de partir.
— Traga uma rosa para mim, papai — pediu Bela, sabendo que seu pai sempre lhe trazia uma pequena lembrança de suas viagens.
No caminho de volta, Maurice se perdeu na floresta e, ao tentar se proteger de uma tempestade, encontrou um castelo sombrio e imponente. Ele ficou maravilhado com a grandiosidade do lugar, mas também sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao perceber que o castelo parecia abandonado.
Capítulo 2: O Encontro com a Fera
Maurice, ao entrar no castelo em busca de abrigo, foi recebido por objetos encantados que o acolheram gentilmente.
— Bem-vindo, senhor — disse Lumière, o candelabro, em uma saudação polida.
— Por favor, aqueça-se junto ao fogo. Maurice, surpreso, aceitou o convite e agradeceu pela hospitalidade.
No entanto, quando tentou pegar uma rosa do jardim do castelo para levar a Bela, uma criatura monstruosa apareceu.
— Como ousa roubar do meu jardim? — rugiu a Fera, sua voz ecoando pelas paredes do castelo.
— Por favor, perdoe-me — implorou Maurice.
— Só queria levar uma rosa para minha filha. A Fera, um príncipe amaldiçoado, acusou Maurice de roubo e o aprisionou no calabouço.
Quando Bela percebeu que seu pai estava demorando para voltar, ela foi procurá-lo e acabou encontrando o castelo. Lá, ela se ofereceu para tomar o lugar de seu pai como prisioneira, um sacrifício que a Fera aceitou. — Libere meu pai e eu ficarei em seu lugar — disse Bela corajosamente. A Fera, impressionada com a coragem e o amor de Bela por seu pai, concordou com a troca. Maurice foi libertado e, desesperado, voltou para a vila para buscar ajuda.
Capítulo 3: A Vida no Castelo
Inicialmente, Bela sentiu medo da Fera, mas aos poucos começou a ver além de sua aparência assustadora. Os objetos encantados do castelo, incluindo Lumière (um candelabro), Cogsworth (um relógio) e Mrs. Potts (um bule de chá), tornaram-se seus amigos e fizeram o possível para que ela se sentisse em casa.
— Boa noite, mademoiselle — disse Lumière, com uma reverência.
— Espero que encontre conforto em nossos aposentos.
Cogsworth, mais formal, acrescentou:
— Sim, sim, e por favor, não hesite em nos chamar se precisar de qualquer coisa. Bela agradeceu a todos, ainda se ajustando à sua nova realidade.
A Fera, que era amarga e reclusa devido à sua maldição, começou a mudar por causa da gentileza e coragem de Bela. Ele a presenteou com uma biblioteca magnífica, um tesouro de conhecimento que deixou Bela maravilhada.
— Você… você gosta? — perguntou a Fera, com um toque de timidez.
— É maravilhoso! — exclamou Bela, com os olhos brilhando de alegria.
— Nunca vi tantos livros em toda a minha vida!
Juntos, eles começaram a desfrutar de jantares, passeios no jardim e conversas profundas, revelando suas verdadeiras naturezas. Bela descobriu que a Fera tinha uma alma gentil e um coração capaz de grande amor.
— Você não é tão assustador quanto parece — disse Bela um dia, sorrindo para a Fera.
— E você não é tão comum quanto eu pensei — respondeu a Fera, começando a perceber que havia esperança para ele.
Capítulo 4: A Intervenção de Gaston
Na vila, Gaston, um caçador vaidoso e arrogante, estava determinado a se casar com Bela.
— Bela será minha esposa — declarava ele constantemente, sem considerar os sentimentos dela. Ele não conseguia entender por que ela não estava interessada nele. Quando Maurice voltou, contando sobre o monstro que aprisionou Bela, Gaston viu uma oportunidade de se mostrar um herói.
— Aquele monstro deve ser destruído — proclamou Gaston, incitando os aldeões a atacarem o castelo.
— Ele está louco! — disse Maurice, tentando convencer os aldeões da bondade de Bela e de sua situação. Mas Gaston, com sua presença intimidante, conseguiu convencer muitos de que havia um perigo real que precisava ser enfrentado.
Capítulo 5: O Confronto e a Declaração de Amor
Quando os aldeões chegaram ao castelo, uma batalha feroz começou. Bela, percebendo o perigo que a Fera corria, tentou desesperadamente impedi-los.
— Parem! Vocês não entendem! — gritou ela, tentando atravessar a multidão.
Durante a luta, Gaston feriu gravemente a Fera.
— Você nunca mais verá a luz do dia! — exclamou Gaston triunfantemente, enquanto a Fera caía. Com a Fera à beira da morte, Bela, em prantos, confessou seu amor por ele.
— Eu te amo! — disse ela, suas lágrimas caindo no rosto da Fera.
— Por favor, não me deixe.
Nesse momento, a última pétala da rosa encantada caiu. Porém, devido à declaração sincera de Bela, a maldição foi quebrada. A Fera se transformou novamente no príncipe, e os objetos encantados voltaram à forma humana. O castelo, antes sombrio e desolado, recuperou sua antiga glória.
— O que… o que aconteceu? — perguntou Bela, olhando para o príncipe com surpresa.
— É você! O príncipe sorriu, pegando as mãos dela.
— Sim, sou eu. E tudo isso graças a você, Bela.
Capítulo 6: O Final Feliz
Bela e o príncipe, agora livres da maldição, abriram as portas do castelo para os aldeões, que ficaram maravilhados com a transformação. Maurice foi acolhido com carinho, e Gaston, derrotado e envergonhado, deixou a vila em desgraça.
— Você trouxe luz para minha vida — disse o príncipe, olhando nos olhos de Bela.
— E você me mostrou que a verdadeira beleza está dentro de nós — respondeu Bela, com um sorriso radiante.
Bela e o príncipe viveram felizes no castelo, trazendo paz e prosperidade ao reino. A história deles se tornou uma lenda, lembrando a todos que a verdadeira beleza está no coração e que o amor pode superar todas as barreiras.
Fim.
A Bela e a Fera: Moral da História
- A verdadeira beleza está no interior: A história ensina que a aparência externa não define a verdadeira essência de uma pessoa. O caráter e a bondade interior são o que realmente importam.
- Amor incondicional: O conto destaca a importância do amor que transcende as aparências e preconceitos, mostrando que o verdadeiro amor é baseado na aceitação e compreensão mútua.
- Sacrifício pelo próximo: Bela demonstra altruísmo ao se oferecer para substituir seu pai, ensinando sobre a importância do sacrifício pessoal em prol dos outros.
- Redenção e transformação: A história mostra que mesmo aqueles considerados monstruosos podem mudar e se redimir através do amor e da bondade.
- Perseverança: A narrativa reforça a ideia de que a perseverança e a paciência são essenciais para superar dificuldades e alcançar a felicidade.
- Importância da família: O amor e o respeito entre Bela e seu pai ilustram a importância dos laços familiares e da lealdade.
Esses ensinamentos são atemporais e continuam a inspirar gerações, destacando valores fundamentais que todos devemos cultivar em nossas vidas.
Conclusão
A história de A Bela e a Fera nos convida a refletir sobre a verdadeira essência da beleza e do amor. O conto se passa em uma terra distante onde um mercador e suas três filhas vivem uma série de eventos extraordinários.
Bela então se destaca por sua coragem e bondade ao se sacrificar por seu pai e aproximar-se da Fera. Durante seu tempo no castelo da Fera, ela percebe que a verdadeira beleza está além das aparências.
Aproximou-se do monstro e descobriu que, apesar de seu exterior malvado, ele possuía um coração gentil. A transformação da Fera em um príncipe após Bela confessar seu amor ilustra a profundidade dos sentimentos humanos e o poder da livre e espontânea vontade.
Bela consentiu em ficar com a Fera, mostrando que o amor verdadeiro pode surgir nos lugares mais inesperados.
Convidamos você a refletir sobre essa história para dormir e deixar seus comentários abaixo.
Compartilhe seus pensamentos sobre como essa versão original de A Bela e a Fera toca seu coração e inspira suas crenças sobre amor e redenção.
Abraçando-o com essa mensagem de amor e aceitação, que todos possamos aprender a ver além das aparências em nossas próprias vidas.
Perguntas Frequentes sobre A Bela e a Fera
Qual é a moral da história de A Bela e a Fera?
A moral da história é que a verdadeira beleza está no interior e que o amor verdadeiro não se baseia em aparências físicas.
Quem escreveu A Bela e a Fera?
O conto original foi escrito por Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve e posteriormente adaptado por Jeanne-Marie Leprince de Beaumont.
Por que Bela pediu uma rosa?
Bela pediu uma rosa por sua simplicidade e humildade, diferentemente de suas irmãs que pediram presentes caros.
Como a Fera se transformou em um príncipe?
A Fera estava sob uma maldição que só poderia ser quebrada pelo amor verdadeiro. Quando Bela confessou seu amor, a maldição foi quebrada e ele se transformou de volta em um príncipe.
O que aconteceu com as irmãs de Bela?
As irmãs de Bela ficaram surpresas e felizes com o retorno do pai e de Bela, mas a história se concentra principalmente no romance entre Bela e a Fera.
